14 de agosto de 2013

Poder de concisão

Quem nunca teve que lidar com textos cheios de chavões que poderiam ser resumidos em poucas palavras?

Cada cliente adota um estilo de escrita. Uma parte deve-se ao autor, mas a outra está diretamente relacionada ao meio em que o texto é redigido. O meio jurídico, com seu "juridiquês", as empresas, com os jargões corporativos, e a publicações acadêmicas, que adotam um português muito rebuscado.

Não há dúvidas de que o uso excessivo desses chavões dificultam a leitura e a compreensão em muitos momentos. Como tradutores, podemos ter dificuldade em entender e reproduzir o que o autor escreveu, tamanha a complexidade das construções do texto. Da mesma forma, o leitor final, se não acostumado com esses estilos, também poderá ter problemas.

Em se tratando do nosso próprio texto, o ideal é resumir em poucas e claras palavras as construções longas e não tentar parecer culto com o uso de expressões difíceis (item #2 do texto Dicas para se escrever bem). Porém, como tradutores e revisores, há uma linha tênue entre respeitar o estilo do autor e querer melhorar o texto tornando-o mais claro. Nossa obrigação é manter o mesmo estilo, o que nos força, muitas vezes, a adotar o mesmo padrão prolixo. Mas é possível, sim, tornar as coisas mais objetivas durante a tradução, desde que consideremos sempre a comunidade que irá receber esse texto.

O quadro abaixo traz os chavões que sempre vemos em e-mails e documentos de clientes corporativos, e mostra que é possível adotar uma postura profissional e inteligente sem apelarmos para as expressões rebuscadas:




Agosto/2013